quarta-feira, 27 de abril de 2011

UMA OLHADELA

foi quando
para traz olhei
que na  vida
minha imagem
refletida  vi
olhos  como de criança
faminta
sem parada
sem guarida
estática
me fitando
decepcionada

domingo, 24 de abril de 2011

SOBRE ALGUMAS PALAVRAS

fragmentos extraídos
de uma mente
inquieta
ingênua ou inocente
mas corajosa em mostrar
o que sabe ou não
a respeito de o mundo
refazer
para encontrá-lo em si
mesma
e então, talvez
entender
ou somente gritar

sábado, 23 de abril de 2011

Eu homem

Pulverulento
Indignado face à maldade humana
Coberto de pó
Humilhado, minha maldade reconheço
No pó
Prostrado diante da grandeza de Deus

SONHO

a todo momento
quero voltar
e às vezes volto
na imaginação
e então sonho
a realidade
que tanto
desejo

Inexistência

Inexistência: fugaz víbora que com seu veneno entorpece os sentidos dos solitários diluídos na multidão de aparência multiforme que constitui essa massa humana presunçosa chamada sociedade.